O Princípio: O Caos

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No início era o Caos. Na Mitologia grega, a ordem nasceu da confusão generalizada, indescritível, inexplicável que existia desde sempre. Ou seja, no começo de tudo nada existia no Universo, somente o Caos. Ninguém sabe o que teria existido antes dele. No entanto, foi o primeiro dos deuses da mitologia grega. Então, o Caos ocupava todo o espaço do Universo, porém, não havia ordem alguma. Algo sugestivo, como o trânsito caótico de Manaus e de outras grandes cidades brasileiras. Uma verdadeira balbúrdia.

A criação do Mundo

Mas, para a surpresa do própria Caos, aparece uma deusa chamada de Gaia – a Terra. A mãe natureza, ou seja, o mundo físico em toda sua grandeza de montanhas, florestas, oceanos, céu e tudo mais que existe até hoje. Surge também outro Deus – Eros – que com sua flecha a vida do Universo se trona real. Eros era o próprio “amor”, mas não o amor entre os humanos, até porque não existia gente. Entretanto, Eros decididamente influencia Gaia a procriar. Deu certo, ela criou o Céu – ou Urano – em grego.

O reinado de Urano

Pois bem, assim que Gaia criou Urano, ou o Céu, ele logo veio deitar-se sobre Gaia – a Terra – e não parou mais de ter relações com ela, para a alegrai de Eros. Logo, o ventre de Gaia começa a crescer, tudo muito rápido. Daí nasceram de uma só vez 12 filhos. Primeiros nasceram os primeiros 6 homens, que são: Oceano, Céos, Crios, Hipérion, Jápeto e Kronos. Em seguida, as 6 mulheres chamadas de Titâmidas – Teia, Reia, Têmis, Mnemosine, Febe e Tétis. Será que já existia o bolsa-família mitológico?

Apesar de tudo isso, Urano era insaciável, pois não saía de cima de sua esposa, não dava tempo nem para ela ver a “novela”. Gaia já estava cansada de parir tanto filho. Mas, Urano não parava de engravidá-la. E haja nascer filhos, cada vez mais gigantes e monstruosos. Nasceram os três ciclopes: Brontes, Estéropes e Arges. Depois vieram mais três monstros: Coto, Briareu e Giges, chamados de hecatônquiros, gigantes com cem braços e 50 cabeças.

O surgimento do Inferno

Junto a Eros e Gaia, surgiu também o Tártaro. Assim como Gaia, o Tártaro tanto era uma divindade quanto um lugar escuro e muito profundo, que se fixou abaixo de Gaia – a Terra. Assim, eram dois mundos ligados, mas distantes. Então, se um buraco foi cavado na superfície da Terra até o Tártaro, uma bigorna levaria 9 dias para chegar lá em queda livre. No Tártaro, só existia as sombras e a confusão do antigo Caos. Assim, era um lugar horrível, a mais profunda prisão onde os deuses jogavam seus inimigos.

Assim, já se pode perceber o que teremos pela frente quando começar as desavenças na mitologia.

Gaia antes “gostou” de outro

O outro “homem” que Gaia teve um rápido caso foi outro deus, por nome de Ponto – Mar – foi um encontro fortuito e apenas uma vez só. Desse encontro vieram várias criaturas que habitavam as profundezes do Oceano. O primeiro filho de Gaia e Ponto, foi Nereu, que era uma antiga divindade do Mar Egeu.

Bom, mas daí quando ela casou-se com Urano, este enlouquecido de amor pelo poder de Eros, ela foi dominada totalmente. E aos poucos a relação que começou de amor, estava se transformando em ódio e brigas constantes.

A vingança de Gaia

Para Gaia, o que havia começado como prazer, estava se transformando num verdadeiro “inferno”. Na verdade, Urano era um pai violento (ainda mais quando bebia). Ele não tinha afeto nenhum pelos filhos, pois, detestava-os. Ou seja, era um péssimo marido e um pai desnaturado. Assim que as “crianças” nasciam, Urano passava odiá-los.

Todos os filhos desse pai impiedoso, mal nasciam ele os encarcerava num buraco na Terra, não permitindo que eles saíssem de lá. Depois de tanta gravidez, Gaia sofria com 18 filhos presos, enquanto o pai não estava nem aí para o choro dos filhos abandonados. Fazia era sorrir se deleitando nas orgias lá em cima no Céu, enquanto a sua prole clamava pelo carinho e afeto do pai.

Mas, como tudo tem um fim, Gaia resolveu acabar com essa relação brutal de seu marido, da seguinte forma. De seus próprio corpo, Gaia arrancou um pedaço de metal, fez uma foice, em seguida falou para os filhos para castrar o próprio pai.

Ao ouvirem da mãe o que seria feito com o pai, todos ficaram com medo, menos o caçula Kronos, que topou na hora se vingar dos castigos de seu pai.

Kronos apanhou a foice, escapou da caverna subterrânea onde se encontrava preso, desceu pelas encostas das montanhas e ficou de tocaia, à espera de Urano. E, no instante em que Urano já se preparava para outra vez deitar-se com Gaia, Kronos agarrou a detestada genitália paterna. Com a direita, brandiu a foice afiada. Pênis e testículos foram decepados.

Urano soltou um grito que ecoou por todo o Universo. Castrado, ele fugiu para as alturas e nunca mais voltou. Esse foi o primeiro homem “capado” na história. Se essa moda pega….!

No outro capítulo falarei do nascimento de Zeus, Afrodite e outros deuses.

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